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quinta-feira, 8 de março de 2012

Nada


Já vivi tanta coisa nessa vida...

Assisti tantos filmes, ouvi tantas canções,
cheirei tantos perfumes...
Perdi as contas de quantos livros já li...
De quantos poemas já escrevi...
De quantas vezes me emocionei
assistindo um filme, uma novela...
Ouvindo uma canção...

Ah! Quantas canções já me arrebataram!
Quantas personagens já me fascinaram!
Quantas personagens já me encantaram!
Quantas histórias já me eletrizaram!
Quantas histórias já me encantaram!
Quanto a vida já me fascinou!


Já me extasiei com o por do sol e com o mar.
Já me fascinei pelo mar e pelo sol.
Já me encantei com coisas insignificantes.
Já me encantei e me desencantei
mais vezes do que seria sensato.

Já cuidei.
Já fui cuidada.
Já fui princesa, patinho feio, rainha,
bruxa e gata borralheira.
Já fui estrela, deusa, feiticeira e fantasma.

Já acreditei em contos de fadas.
Já construí castelos de areia.
Já mergulhei de cabeça em poço sem fundo.
Já embarquei em barca furada
como se fosse tábua de salvação.

Já ansiei loucamente pelo impossível.
Já suspirei de alegria e de tristeza.
Já me apaixonei.
Já entreguei meu coração sem restrições
a quem não merecia.
Já me entreguei com uma entrega
que ninguém mais saberia.


Já sonhei, já fui acordada.
Já vivi num pesadelo, já acordei.
Já flutuei nas nuvens.
Já caí das nuvens.
Já tomei banho de água fria.

Já vivi conto de fadas.
Já vivi filme de terror.
Já fiquei em estado de graça.
Já entrei em pane.

Já amei incondicionalmente.
Já amei de tantas diferentes maneiras...
E sempre com tanta intensidade...
Já me joguei de cabeça e mergulhei fundo
sem saber nadar...
Sem rede de proteção...

Já apostei todas as minhas fichas sem saber jogar.
Já me agarrei à dor como um bote salva-vidas.
Já senti todos os tipos de sentimento.

Já acreditei, já desacreditei. Infinitas vezes.
Já perdi a esperança muitas vezes...
E já reencontrei outras tantas.
Já vi minha ingenuidade ser destruída.
Já tive ilusões e desilusões.

Já tive o coração despedaçado.
Já engoli tanta coisa até sufocar.
Já me estiquei até quase me romper ao meio.
Já me desesperei.

Já sangrei de todas as maneiras.
Já quis ser uma planta.
já quis morrer,
mesmo sabendo que a morte não existe.
Já renasci tantas vezes...

Já coloquei minha vida nas mãos
de outra pessoa.
Já vivi a vida de outra pessoa.
Já recebi gestos inesperados
de pessoas inesperadas...
Já derramei um rio de lágrimas.

Já vivi emoções tão fortes
a ponto de pensar que o coração explodiria.
Distribui beijos e abraços sem economia.
Fui (e sou) mãe de todas as maneiras possíveis.
E mulher também.

Tive meus momentos.

Então porque me sinto assim?
Como se não existisse?
Como fosse nada?
Como se não tivesse valor algum?

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